A elevação da carga tributária do óleo diesel, com retorno da alíquota a 17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), impulsiona as despesas das transportadoras, os custos de produção agrícola e pressiona a inflação.
O setor de transporte, que tenta ainda se recuperar das perdas do ano passado, deve repassar para o frete o peso maior do preço do óleo diesel – a alta estimada é de 10%.
Isso eleva ainda mais os custos do produtor rural, que também sofre impacto direto da valorização do diesel. Essa cadeia de majorações se encerra na mesa do consumidor: os produtos, especialmente os alimentícios, tendem a ficar mais caros.
No início deste ano, a alíquota do diesel, reduzida para 12% em 1º de julho de 2015, retornou para 17%.
O governo, segundo alega, voltou com a alíquota cheia, porque os preços na bomba não teriam caído como esperado, o consumo não aumentou e a renúncia fiscal chegou a R$ 96 milhões.
Para além do segmento de combustíveis e dos cofres do governo, a carga tributária mais pesada sobre o óleo diesel provoca impactos em cadeia.
O setor de transportes, que tem contabilizado perdas nos últimos anos, não vê outra saída que não o repasse do custo maior para o frete, que pode passar da casa dos 10%.
Fonte: Correio do Estado
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